terça-feira, 22 de junho de 2010


Pôster oficial do curta-metragem "Limite".

Finalizando!

Limite teve o corte final aprovado há alguns dias. Editado pela Marcia Lecy - responsável também pela direção de arte do curta - , e pelo Thiago Calligares, Limite agora é um filme completo, com a história sendo contada e a linha narrativa preservada. Considero o resultado final bastante satisfatório, e como diretor posso dizer que consegui imprimir praticamente tudo que havia imaginado desde a etapa do roteiro.
Conseguir realizar tudo o que pensamos e planejamos foi um dos pontos altos desse projeto. Cada elemento que estava no roteiro está na tela, só que melhor. O Marco Marão conseguiu realizar a fotografia que planejou, sem precisar recorrer a artifícios para consertar qualquer coisa. A correção de cor, que está sendo realizada neste momento, servirá apenas para igualar alguns planos com diferença de exposição e acentuar a estética que queríamos desde o início. Não tivemos, também, nenhuma necessidade de criar algo novo na montagem por falta de planos ou porque a dramaturgia ou qualquer outro elemento não funcionou. A montagem apenas aprimorou o que já tínhamos. Sugestões dos editores - que tiveram ideias ótimas, que eu nem tinha imaginado e que ficaram melhor que qualquer coisa pré-estabelecida - foram abraçadas sem objeção. Vários dos momentos de tensão e firulas estilísticas estão lá por culpa deles.
Lembro que postei aqui que tínhamos captado imagens muito boas e esteticamente muito bonitas, mas tinha receio que quando fossem montadas, toda a beleza poderia se esvair num segundo. Mas logo vi que os planos se encaixaram como se tivessem sido feitos um pro outro. é fato que algumas coisas tiveram de ser consertadas, como alguns erros de continuidade, mas isso é comum acontecer em qualquer produção. Mas a essência foi mantida.
Assistir ao curta com som tratado e com os efeitos foi outra experiência sensacional. Não só porque o som dá alma a um filme, mas porque nesse, em específico, o som é pra ser percebido e ser narrativo. Mesmo não estando ainda no ponto certo, já dá pra ver como ficará. O Vanderlei, apoiado pelo Eric (grande profissional), fez todo o background sonoro inicial, que agora será enriquecido até se tornar o produto final.
A narrativa, não-linear, importantíssima para que a história fosse contada da maneira que foi concebida, e todos os acontecimentos descritos em palavras estão agora em imagens na tela. O maior mérito disso tudo é termos conseguido fazer tudo funcionar.
em breve, "Limite".

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sobre o elenco

"Limite" conta com 5 personagens: o protagonista Ivan, seu Chefe, a colega de trabalho Bárbara, a Esposa de Ivan e Paulo, o amante. Devido ao nível do trabalho e investimento, precisávamos de atores consistentes para interpretar os papéis. Como estávamos envolvidos com questões de produção e decupagens diversas e precisávamos de uma atenção especial aos atores, preferimos deixar o trabalho de casting para a Tatiana Faria - preparadora de elenco -, com quem já havíamos trabalhado anteriormente no curta "Contrapeso". Ela tem bastante contato com atores e os ensaios na casa dela deram grandes resultados. Decidimos facilmente deixar essa parte nas mãos dela. Funcionou assim: ela mandava os perfis dos atores para eu analisar e eu devolvia com aprovações, desaprovações e comentários, e assim foi até que chegamos a alguns nomes, com quem fizemos um teste. Não precisei de mais que alguns minutos com os escolhidos para decidir. O quinto ator, Warley Santana, eu já conhecia e havia trabalhado num outro curta. Foi o único que eu convidei direto, porque ele era (e foi, posteriormente) perfeito pro papel logo de cara.
No geral, ocorreram poucas mudanças de perfil de personagem e ator. Inicialmente, era para a personagem da Bárbara ser uma garota de aproximadamente 25 anos, mas a atriz escolhida é um pouco mais velha - o que deu outro tom para a personagem. O mesmo aconteceu com o Marcelo Jacob, que interpreta o protagonista. Ele entrou no projeto aos 45 do segundo tempo e acabou se revelando a escolha certa.
Já no primeiro ensaio percebi que tinha acertado na escolha do elenco. Eles tinham química entre si, e toda vez que eu olhava para eles quando fizeram leitura de mesa ou interpretavam as cenas na minha frente, ficava empolgado vendo que tudo o que estava escrito no papel criava vida. Discutimos personalidades e motivações de personagem, biografia e vida pregressa de cada um dos personagens no curta. Foi a primeira vez que fiz algo do tipo, e posso dizer que foi fundamental para o que se verá na tela.

Abaixo, as fotos do elenco:

Marcelo Jacob (Ivan)



Warley Santana (Chefe)



Fabrício Castro (Paulo)


Letícia Chiochetta (Esposa de Ivan)




Evelyn Ligocki (Bárbara)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

TEMOS!

Finalizamos ontem a etapa das gravações!

Depois de quase 12 horas, terminamos as cenas que restavam para compor o restante da história. Novamente conseguimos gravar praticamente todos os planos, e novamente eles sairam exatamente como o planejado. Claro que alguns atrasos acontecem e modificações são feitas no calor do momento, mas no geral tudo saiu como queríamos.
A cena de maior dificuldade técnica - quando a noite vira dia e há passagens de foco junto com travelling num único plano - tomou bastante tempo de ensaio e execução, mas ficou muito boa, estética e narrativamente. Talvez tenhamos que estabilizar a imagem em alguns pontos por causa de pequenas falhas na movimentação, mas o conceito e a ideia estão lá.
Por conta do tempo disponível, tivemos que abrir mão de alguns planos que dariam ritmo a uma determinada passagem da história, mas nada que sacrifique a narrativa nem a qualidade do produto final. Eram imagens que ilustravam um café da manhã caprichado sendo preparado. Sendoa ssim, demos prioridade às cenas mais complexas e importantes em detrimento dessa que tinha uma função mais estética. Quem assistir ao filme nem sentirá falta dela.

Um sentimento de alívio e felicidade se confunde com o de dever cumprido por termos na mão o que pode se tornar um belo filme. Agora é mergulhar na pós-produção.

sábado, 15 de maio de 2010

Penúltima diária concluída!

Hoje finalizamos a penúltima diária de gravação do Limite!
Foi na verdade uma meia diária, em que gravamos duas cenas que se passam no carro do protagonista e a cena que introduz o curta.
Tudo foi realizado em partes do campus da Metodista. Assim como na AGICOM, gravar na universidade foi a melhor coisa para a logística e tempo. A última diária, a ser gravada amanhã, será realizada totalmente num apartamento em São Paulo.

Acredito que qualquer filme tenha que pelo menos começar com uma cena de grande impacto visual. Isso cria interesse no espectador e também funciona como um "presente" para os olhos, apenas pra ser apreciado visualmente. Eu, pelo menos, gosto de filmes que tenham esse tipo de atrativo.
Nessa cena em específico, o personagem principal está com as roupas e mãos ensanguentadas num banheiro de posto de gasolina. A impressão é de que ele acabou de cometer um assassinato. No decorrer do filme, vamos entendendo - assim espero - que aquela cena pode ter acontecido ou não.
Enquanto assistia no monitor a cena sendo gravada, tudo o que eu tinha pensado em termos de imagens se concretizava. Era como se tivesse pulado da mente para a tela.
A câmera na mão e os desfoques propositais, realizados pelo Cléber, a textura que a Marcia (direção de arte) conseguiu imprimir no espelho e nas paredes da locação, o sangue vermelho na camisa e na pia brancas, a luz de neon fakeada piscante... tudo colaborou pra que a cena ficasse igual e ao mesmo tempo melhor do que foi planejada. Pra fechar com chave de ouro, a atuação do Marcelo Jacob deu o tom mais que correto. Nem precisei dar mais que algumas indicações pra ele. A concentração e intensidade foram tantas que ele até saiu cansado da cena.
Isso me lembrou da importância de um bom ator em cena. Mesmo que a o trabalho de câmera seja perfeito, a luz seja ideal e tudo funcione bem, se o ator for vazio, não há nada que salve.
E por falar em atores, serão eles o tema do próximo post.

;*

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Efeitos especiais

Petrúcio Linhares preparando um dos efeitos.


"Limite" foi escrito no segundo semestre de 2007. Desde então, sabíamos que teríamos que gravá-lo um dia. Assim, guardamos o projeto para quando tivessemos a experiência e o know how que ele demandava. Decidimos que quando estivessemos prontos pra ele e pro que o roteiro pedia ele ia ser tirado da gaveta. Sendo esse o último projeto prático do curso, concluímos que o investimento valia a pena.

O curta não é uma produção gigantesca, mas é complexa em certo momentos. Em pelo menos duas sequencias de grande importância eram necessários efeitos especiais como sangue, explosões e tiros em pessoas e objetos. Como fazer isso sem que ficasse amador ou inverossímel?

Começamos uma busca por profissionais que realizavam esse tipo de trabalho e quase sempre esbarramos na falta de opção e também de preços fora do nosso orçamento. Quando tudo parecia perdido, que encontramos um site de um profissional que nos parecia perfeito. O problema é que ele era do Rio de Janeiro e com certeza não se encaixaria nonosso orçamento. Mesmo assim decidimos tentar.

Petrúcio Linhares, que terminou por ser nosso efeitista no curta, revelou-se super solícito. Gostou do roteiro e se integrou à equipe como membro. Entendeu nossas necessidades estéticas e orçamentárias e assim encontramos um ponto de equilíbrio para que os efeitos ficassem bons com baixo orçamento. Petrúcio, que também é dublê profissional e já realizou diversos trabalhos em filmes, novelas e afins, nos proporcionou tiros na cabeça, explosões de objetos e bastante sangue, além das balas de festim que saíram do revólver do protagonista. Com isso, o curta cresceu em qualidade. Agora é esperar e ver na tela!

Para quem quiser mais informações ou conhecer melhor o trabalho dele, aqui está o endereço do site: http://www.petruciolinhares.blogspot.com/

até,

INT. SALA DO CHEFE - DIA





As fotos acima fazem parte da cena em que o personagem principal, vivido por Marcelo Jacob, atira em seu Chefe (Warley Santana).